“Não me pergunte quem sou e não me diga para permanecer o mesmo.”
Michel Foucault

Psicanálise e Psicoterapia

Muitos são os motivos que levam pessoas a buscarem atendimento psicológico.  Os pacientes chegam à clínica buscando por psicoterapia, com as mais variadas queixas ou diagnósticos pré-concebidos. Seja uma depressão, ou sintomas de depressão, uma crise de ansiedade ou sintomas de ansiedade, medos variados, inseguranças, sintomas físicos encaminhados por médicos como problemas emocionais, ou seja, psicossomáticos ou com o desejo de se autoconhecer.
Fato é que a maioria chega cheio de dúvidas e normalmente com a certeza de encontrar respostas. Eis aí a principal diferença entre a Psicologia e a Psicanálise.
Para muitos não há diferença nenhuma. Poucos buscam uma análise com a consciência de querer se analisar, mas podem topar o mergulho nessa jornada.
A Psicanálise foi um método terapêutico criado por Sigmund Freud que se desenvolveu em paralelo à Psicologia, não sendo, portanto, a mesma ciência.  

A Psicologia estuda os comportamento e processos mentais, entendendo o ser como ontológico, levando em consideração questões biológicas, políticas, culturais e sociais. Baseada na ciência, se volta mais para uma busca de um saber absoluto, de respostas, da cura. 
  Enquanto a psicanálise subverte esse sujeito absoluto da ciência. Entende que existe um sujeito do inconsciente, e que então, o saber não virá através da consciência e dessa suposta verdade. O saber é um saber não sabido, que vai ser produzido por esse sujeito mediante uma verdade semi dita – linguagem que não vem da consciência. Assim, não é sobre a busca de uma verdade e sim dos seus efeitos. 
Na psicanálise não se oferece soluções ou uma condução da vida do paciente, com bases morais e sim uma condução ética, para que cada um encontre seu saber não sabido (do inconsciente) e encontre seu caminho, podendo saber fazer com seus sintomas.
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